OS INCÊNDIOS FLORESTAIS NO BRASIL
Logo estaremos na estação das altas temperaturas, o verão. Este é conhecido pelo calor incessante, pela seca, e especialmente pelos incêndios florestais. E como você deve ter pensado, é sobre esta grande ameaça à biodiversidade que iremos falar agora.
Os incêndios florestais, como muitos equivocadamente pensam, são totalmente diferentes das queimadas. A queimada é um processo, uma técnica agrícola que pode se tornar ilegal caso não haja consentimento de autoridades (e muitas vezes não há), porém, segundo a código de leis ambientais de 1988, a queimada controlada pode ser considerada legal, desde que o condutor da mesma esteja liberado pelas autoridades para fazê-la. Já os incêndios florestais são considerados queimadas descontroladas, algo que perde controle e que pode ter origem espontânea (por um raio, por exemplo), ou devido ações de pessoas (queimadas que perdem controle, cigarros que são jogados em capim seco, e outras causas). Claro que na maioria das vezes a causa dos incêndios possui ligação direta com estas ações humanas, sendo considerados atos criminosos.
O incêndio florestal possui fases, assim como queimadas originadas por pecuaristas. Primeiro a ignição do fogo, o que depende da biomassa (material utilizado como combustível) e fatores do ambiente, como tempo seco, o que justifica o fato de que incêndios florestais são mais comuns no verão, e em biomas de cilma seco, ou com baixa umidade do ar, como Caatinga e Cerrado. Após a ignição, a chama, brasa e então a extinção do mesmo. Um incêndio não controlado pode durar semanas e destruir vários hectares, atingindo também casas que se encontram no caminho.
As queimadas controladas são utilizadas por pecuaristas para “limpar” o terreno, sendo algo mais barato e simples de se fazer. Toda forma de vida que há naquele terreno morre, liberando o espaço, mas a perda de bactérias decompositoras úteis na fertilização do solo faz com que o mesmo fique empobrecido em nutrientes. As áreas mais atingidas pelas queimadas, e consequentemente pelos incêndios, são as mais utilizadas pela agricultura, no caso a região Nordeste, Centro-oeste e Norte. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o responsável pelos monitoramentos via satélite das queimadas, e pelas suas estatísticas, os líderes no número de queimadas são Mato Grosso, Pará e Maranhão.
As consequências dos incêndios e queimadas são muitas. Por serem quase sempre causadas por ações não naturais, acabam alterando negativamente no processo do Aquecimento Global aumentando então a temperatura mundial. Além deste fator mundial, os locais, que são perda de biodiversidade nativa, uma vez que o fogo consome toda a forma de vida, destruindo o ecossistema e influenciando o processo de desertificação nas áreas afetadas.
As melhores formas de prevenção aos incêndios são simples. Toda vez que utilizar queimadas controladas, ter permissão do IBAMA para uso. Mas além destas, evitar jogar cigarros acesos na mata, não utilizar fogo em meio à mata ou em áreas onde a vegetação possua árvores baixas, onde o fogo pode alcançar seus galhos e folhas, e verificar sempre que a fogueira apagou totalmente antes de abandonar o acampamento ou o local.
Simples, não? Fique atento, pois o verão está chegando!
Fonte:
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=890%3Aqueimadas-no-brasil&
https://prodwww-queimadas.dgi.inpe.br/bdqueimadas