PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA
O que você sabe sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra?
O Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado no sudoeste de Minas Gerais, divisor de grandes e importantes bacias hidrográficas como a Bacia do Rio Grande, Rio São Francisco e Rio Araguari. É composto por várias fito fisionomias do bioma Cerrado com formações savânicas e campestres.
A origem do nome "Canastra" vem dos tempos dos bandeirantes, é um antigo vocábulo português de origem grega, um tipo de arca móvel, rústica, de formato retangular. A Serra, quando vista a distância, possui a forma de arca, então motivo para esse nome da serra, uma forma de localização e passagem para os tropeiros.
No ano de 1972, em 3 de abril, esta Unidade de Conservação é criada pelo Decreto nº 70.355 com 200 mil hectares, como objetivo de preservar e conservar o ecossistema natural de relevância ecológica, principalmente as nascentes do rio São Francisco, assim como proteger espécies endêmicas da fauna e flora e muitas que se encontram ameaçadas de extinção. Exemplos são o pato-mergulhão (M. octosetaceus) que possui cerca de duzentos e cinquenta indivíduos livres na natureza, todos no Brasil, entre Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Também o galito (A. tricolor) e o tico-tico-de-máscara-negra (C. melanotis).
O Parque possui variada beleza cênica com grandes paredões de rocha onde existem várias e belas cachoeiras. Um atrativo para quem pratica esportes de aventura e do turismo contemplativo, entre outros, adeptos de observação de aves do mundo todo buscam na Canastra uma fauna única.
Os pontos mais visados são a nascente do rio São Francisco, a parte alta da Casca D'anta com piscinas de água cristalinas e muito frescas, antes da queda, e um mirante, onde se deve primar pela segurança, devido ao risco de acidentes e na parte baixa do Parque encontra-se a primeira cachoeira do Rio São Francisco, com 186 metros de altura.
Destacamos também a outras belas cachoeiras como a do Fundão, entre tantas outras; o Curral de Pedras, um curral feito manualmente pedra sobre pedra, que era utilizado para conter o gado durante a pernoite dos tropeiros, hoje pode ser observar também o pôr do sol deste local; a Garagem de Pedras, um antigo entreposto para os habitantes do Vão dos Cândidos que subiam a chapada a pé ou em “lombo de burro” para ter acesso à estrada que ligava e liga São Roque de Minas ao Triângulo Mineiro.
As maiores altitudes beiram os 1.500 metros e em vários locais suas variações são abruptas, inclusive nas estradas, que ainda sofrem sérias intempéries e erosões na época das chuvas. Assim é recomendado o uso de veículos 4x4 em boa parte do ano.
O Parque, além das belezas cênicas, ainda conta com dois sítios arqueológicos em condições de preservação e segurança precários e ainda mal estudados, onde nada deve-se ser retirado ou alterado, sob pena de multa. São pinturas rupestres e outros elementos ainda não totalmente identificados.
Para visitar o Parque, a melhor época está entre abril a outubro, tempo menos chuvoso, assim facilitando o acesso às atrações e tornando os passeios agradáveis.