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O BIOMA AMAZÔNIA

Considerado o maior bioma em tamanho e biodiversidade do Brasil, abrange também outros oito países da América do Sul, a Amazônia, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical, possui 60% da sua cobertura em território brasileiro, ocupando totalmente a Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e uma pequena parte do Tocantins) e em menor parte nas regiões Nordeste (Maranhão) e Centro-Oeste (Mato-Grosso), este bioma possui várias unidades de conservação em sua proteção. O Bioma Amazônico se torna o mais preservado, mas com o constante desmatamento e outros impactos ambientais, se tornou um dos mais ameaçados. A Amazônia pode ser considerada um grande refúgio para a conservação da ornitofauna, com cerca de 1.300 espécies de aves já catalogadas, variando entre as endêmicas como o uirapuru-verdeiro (Cyphorhinus arada), ave bastante conhecida nacionalmente e que desencadeou várias crenças e lendas amazônicas a respeito de sua maravilhosa e emocionante vocalização, e as mais comuns em todo território brasileiro. Claro que sobre estes números ainda é incerto, pois se trata de um grande território com lugares ainda não explorados, onde poderá se concentrar espécies de aves ainda desconhecidas pela ciência, mas também podemos contar com a queda desse número, pois são várias as espécies de aves ameaçadas de extinção neste bioma. Aves como a ararajuba (Guaruba guarouba), espécie endêmica da região amazônica e que um dia foi candidata a ser a ave-símbolo do Brasil, hoje está ameaçada de extinção por conta do desmatamento, caça e comércio ilegal de aves, mas que aos poucos vem se recuperando, com ajuda de projetos, pesquisadores e a conservação, onde podemos citar como exemplo o Parque Estadual do Utinga, localizado na região metropolitana de Belém/PA. Esta unidade de conservação serve como um centro de recuperação das ararajubas, com o propósito de reintrodução de exemplares na natureza.

Texto: Carlos Eduardo. Imagens: João Sérgio Barros (araçari-mulato), Clodoaldo Júnior (gavião-pedrês e chora-chuva-preto).


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